O dízimo é experiência de fé que torna possível e concreto o sonho da fraternidade. Da consciência e prática do dizimista dependem em grande parte o dinamismo e a vida da comunidade.
O amor e a generosidade têm de caracterizar a nossa contribuição. Não se contribui para se querer receber, mas porque somos gratos a Deus, que nos dá tudo. O amor evidencia a nossa necessidade de querer agradecer.
O nosso coração deve ser a medida da entrega. Em Malaquias, Deus nos diz que é necessário pagar integralmente o dízimo, para que em casa não falte o alimento. Ora, é necessário pensar que a casa de Deus, hoje, tem como endereço os irmãos que precisam ser assistidos e promovidos. O dízimo tem de provocar em nós um compromisso social da fé. E Deus ainda diz: “Fazei a experiência”. Se é lei, Palavra de Deus, não temos porque temer.
Em Atos dos Apóstolos 2,42-46 vemos que o modelo da Igreja criado pelos primeiros cristãos com a força do Espírito Santo tem como base a partilha dos bens. Ninguém sofria privação e ninguém tinha demais. A partilha se apresenta como condição para o advento da justiça. Jesus em Mateus 17,24-26 manda pagar o dízimo; isso porque a sua vida foi uma entrega plena e total ao Pai, na construção do Reino.
O dízimo é uma resposta de amor e gratidão a Deus. Cada cristão precisa sentir no seu coração o apelo espontâneo e se comprometer com a sua Igreja.
O dízimo é um desafio de fé; portanto, é uma oferta espontânea, comunitária, alegre e generosa, consciente e sistemática. Não é uma taxa, tributo para alívio da consciência. Contribuindo com o dízimo o cristão está sendo ajudado e ajudando a sua Igreja a ser mais missionária, está testemunhando e expressando a sua fé e está atento às necessidades de seus irmãos mais pobres que precisam ser ajudados e promovidos. O dízimo que temos é o orgulho da comunidade que somos.
Textos bíblicos
Atos dos Apóstolos 2,42-46
42Perseveravam eles na doutrina dos apóstolos, na reunião em comum, na fração do pão e nas orações.43De todos eles se apoderou o temor, pois pelos apóstolos foram feitos também muitos prodígios e milagres em Jerusalém e o temor estava em todos os corações.44Todos os fiéis viviam unidos e tinham tudo em comum.45Vendiam as suas propriedades e os seus bens, e dividiam-nos por todos, segundo a necessidade de cada um.46Unidos de coração freqüentavam todos os dias o templo. Partiam o pão nas casas e tomavam a comida com alegria e singeleza de coração,].
Mateus 17,24-27
24Paga sim, respondeu Pedro. Mas quando chegaram à casa, Jesus preveniu-o, dizendo: Que te parece, Simão? Os reis da terra, de quem recebem os tributos ou os impostos? De seus filhos ou dos estrangeiros?25Pedro respondeu: Dos estrangeiros. Jesus replicou: Os filhos, então, estão isentos.26Mas não convém escandalizá-los. Vai ao mar, lança o anzol, e ao primeiro peixe que pegares abrirás a boca e encontrarás um estatere. Toma-o e dá-o por mim e por ti.