Maria é Mãe de Jesus, Filho de Deus, e por isso, a Mãe de Deus. Não é a Mãe da divindade, mas de Deus feito homem em Cristo. E sendo a Mãe de Deus é também a nossa Mãe. Deus quis ter uma Mãe e quis nos dar Maria como Mãe do alto da Cruz: “Eis aí o teu Filho“. Maria, Mãe de Deus, é o primeiro dogma Mariano.
Eis, Mãe, os teus filhos. Somos nós, mães, tantas vezes abatidos, mas não derrotados. Somos nós feridos pelo pecado, mas capazes de Deus. Maria é a prova de que é possível seguir a Deus até o extremo. Maria é humana como nós, Imaculada desde a concepção, mas sempre humana.
Deus a quis como Mãe, por que não a quereríamos?
E Reportando-me a “Coroa das Sete Dores de Nossa Senhora“, faz-me necessário, relembrar as principais dores que a Virgem Maria, recebeu em sua vida terrena, culminando como Paixão, Morte e Sepultamento de seu divino Filho. É junto a Cruz que a Mãe de Jesus, torna-se Mãe de todos os homens do corpo místico de Cristo, a Igreja Católica.]A Senhora das Dores, recebeu a missão espiritual de ser a Mãe da Igreja, e de levar os seus filhos até Jesus. E aos pés da Cruz é constituída a mulher bíblica, a Mãe universal. O discípulo que Jesus amava, representa todos que admiram o projeto de Jesus, e que levam sua Mãe para casa.
E a nossa devoção nasce na certeza de que a Senhora das Dores no seu amor maternal, intercede por nós junto ao seu divino Filho. Ajuda-nos a crescer na fé e na devoção Mariana, como caminho espiritual.
Há em nossas vidas transtornos inesperados. Podemos amaldiçoar tudo e todos. E renovar em nosso coração a certeza de que aquele contratempo está nas mãos de Deus.
Imperioso ressaltar a atitude de São José: ele recebeu o aviso do anjo e obedeceu, levantou-se durante a noite, tomou o Menino e sua Mãe e partiu para o Egito. E com paciência esperou o momento em que Deus o chamaria para voltar a sua terra. Então, tenhamos a confiança divina e entreguemos ao Senhor todas as nossas angústias, preocupações e desejos.
Amados irmãos em Cristo, celebremos Maria que segue os passos do Filho, assim como exaltamos a Cruz de Cristo. E celebremos a Mãe aos pés da Cruz. a espada continua a transpassar sua alma. Cristo é desprezado e injustiçado nas crianças abandonadas em nosso tempo nos prisioneiros e nos pobres. Onde há um homem crucificado, ali está a Mãe porque sabe reconhecer a presença de Deus encarnado.
É nosso o dever de sentir compaixão a Virgem Maria, e de se compadecer, refletindo e meditando, no silêncio de nosso coração:
- A dor que padecestes com a profecia de Simeão, quando vos disse que vosso coração seria alvo da Paixão de vosso Filho.
- A dor que sofrestes no desterro ao Egito, pobre e necessitada naquela longa viagem.
- A dor com a perda de vosso Filho em Jerusalém por três dias.
- A dor vendo o vosso Filho com a Cruz nos ombros, caminhando para o calvário, entre escárnios, tropeços e quedas.
- A dor vendo morrer vosso Filho pregado na Cruz.
- A dor ao receberdes em vossos braços aquele santíssimo Corpo desfalecido por tantas chagas e feridas.
- A dor em vossa soledade (deserta e solitária), depois do sepultamento do vosso Filho.
A Virgem Maria continua intercedendo e lutando por cada irmão ou irmã que não consegue lutar contra os dramas da vida. Acolhamos a mãe de Deus em nossa vida, para aprendermos a viver com as nossas dores e alegrias, rogando, silenciosamente:
- Que eu experimente, no interior de minha alma, a Paixão de vosso Filho, e as vossas dores.
- Que eu seja livre das perseguições de meus inimigos.
- Dai-me lagrimas de verdadeira dor, para chorar minhas culpas, pelas vezes que eu perdi meu Deus.
- Que eu te encontre Jesus, e contigo permaneça para sempre.
- Que eu viva crucificado pelos meus vícios e paixões.
- Que o meu coração viva ferido pelo amor divino e morto para todo amor profano.
- Que eu fique sepultado para tudo que é terreno e viva somente para Deus!
Olhai ó Puríssima Virgem Maria, com olhos de piedade os vossos devotos, e concedei-lhes especiais auxílios da graça para maior glória de Deus e vossa, Amém!