7º DIA DA NOVENA DE NATAL

NOVENA

O Evangelista Lucas fala do contexto do nascimento de Jesus Cristo, para que não esqueçamos a humildade e simplicidade desta festa. E para que nenhuma outra coisa ofusque o essencial: o Menino Jesus. Ele nasce desprovido de aparatos técnicos e luxo. Apenas uma faixa o envolve. É essa mesma faixa que o envolverá, anos mais tarde, quando, ao ser retirado da cruz, for colocado na sepultura. Um nascimento desprovido de qualquer outro aparato, para que se evidencie a criança, o Salvador. Ele é o mais importante.

O resto é mero detalhe. Quem recebe primeiro a notícia do nascimento de Jesus são os pastores, os mais excluídos dos excluídos. São eles os primeiros agraciados com esta Boa Nova. Hoje, na cidade de Davi, chamada Belém, nasceu para vós um Salvador, que é o Cristo Senhor. Esta é a síntese, o essencial da festa de Natal. Acreditar nisso o suficiente para que nossa vida mude totalmente. Conhecê-lo, na sua simplicidade, faz toda a diferença. Como aos pastores, os anjos, na noite de Natal, nos dirão: “Não tenham medo. Eu vos anuncio uma grande alegria, que será para todo o povo. Hoje nasce a Esperança!”

O que ainda nos amedronta e impede de encontrar Jesus em sua simplicidade? Quantos de nós continuamos a procurar Jesus nos lugares onde Ele, de fato, não está, e por isso não o encontramos? Muitas vezes, até na nossa paróquia, procuramos de modo errado ou esperamos encontrá-lo de uma forma que não condiz com o que Ele é. Quantos irão festejar o Natal, porém continuarão vazios da presença de Jesus, como o presépio sem o Menino?

Para encontrá-lo, é preciso que se dissipe de nosso coração o orgulho, o preconceito, os medos que nos paralisam, a falta de justiça e de amor ao próximo, o egoísmo, a ignorância, as paixões mundanas e a impiedade. Que, a partir da participação nesta Novena de Natal, possamos curvar-nos diante da manjedoura deste mundo para visualizar o Salvador. Ouçamos a voz do anjo que continua a ecoar em nossos ouvidos: “Não tenham medo”. Que nossas casas e as cidades próximas continuem iluminadas pelas luzes natalinas. São sinais exteriores de que estamos vivendo um tempo especial. A luz que brilha hoje ofusca todas as outras luzes. É a luz eterna, a luz de Deus que chega. Hoje nasce a Esperança.

É o Verbo que se fez carne e habitou entre nós. Deus, que no princípio era Palavra, no dia de Natal se concretiza na pessoa de Jesus, a luz do mundo. O Natal, nascimento de Jesus Cristo, é o Tempo do Advento, um tempo de conversão. E sem conversão não será possível ter acesso a Deus e conhecê-lo através de seu Filho. “Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida.” Ao acolher essa luz como orientação para nossa vida, nós nos tornamos filhos de Deus. Renascemos do próprio Deus. Assim, o que era Palavra passa a ser carne e se concretiza em nossa vida. Cada vez que recebemos a comunhão, Jesus entra, literalmente e simbolicamente, em nossa vida e passa a fazer parte de nós. Com alegria, nesta noite, nos encontramos fortalecidos em nossa fé e com o Menino de Belém em nosso coração. A esperança é um dom de Deus que se revela de forma plena em Jesus, o Cristo de Deus, que nasce em Belém e dá a vida por amor a nós. Por isso, podemos proclamar: “Hoje, nasce a Esperança.”

E cabe agora, nesta noite, a cada um de nós, a exemplo de João Batista, anunciá-lo ao mundo. Recebemos esta infinita graça de Deus, que foi conhecê-lo através do Seu Filho. Portanto, nossa missão é anunciá-lo, como filhos adotivos, amados e apaixonados por Jesus. Irmãos e irmãs, que, juntos e sem qualquer temor, possamos servi-lo em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias de nossas vidas. O mundo precisa de paz, e o nosso coração, de amor.

A Paz de Jesus, o Fraternal Abraço de Maria!